QUEM SÃO ELAS?
A
literatura da Idade Média e os contos infantis maravilhosos, nos ensinam
que as fadas são seres femininos dotados de poderes sobrenaturais.
Fisicamente, aparecem sempre com traços de uma jovem dama de beleza
excepcional, ricamente vestida com trajes cujas cores dominantes são o
branco, o ouro, o azul e sobre tudo o verde.
Sua varinha mágica com uma estrela na ponta é símbolo de seus poderes mágicos. Está ainda dotada de uma sedução a qual mortal nenhum pode resistir.
As crianças a adoram como sua mãe; os jovens se apaixonam perdidamente por ela e lhe consagram corpo e alma.
Sua varinha mágica com uma estrela na ponta é símbolo de seus poderes mágicos. Está ainda dotada de uma sedução a qual mortal nenhum pode resistir.
As crianças a adoram como sua mãe; os jovens se apaixonam perdidamente por ela e lhe consagram corpo e alma.
A
fada é o ideal feminino, símbolo do "anima", que encarna a virgem, a
irmã, a esposa e a mãe. É a mulher por excelência, perfeita e
inacessível. É também um agente da Providência, que distribuiu riqueza,
fecundidade e felicidade, ajudando os heróis em perigo e servindo de
inspiração para artistas e poetas. A fada, é ainda, uma fiandeira do
destino, como as Parcas romanas e as Moiras gregas. São elas que tecem o
fio da vida e assistem o nascimento das crianças humanas para
presenteá-los com dons. São elas também, quem rompem esse fio e anunciam
a morte dos seres humanos, antes de levá-los a seus palácios
encantados, no País das Fadas.
Mas
a fada, é por último, uma divindade da natureza, associada
especialmente as árvores, aos bosques, as águas das fontes e das flores
dos jardins. Aqui elas já aparecem com um aspecto não tão nobre e altivo
das damas surgidas nas novelas da Idade Média e sim com a forma de uma
pequena criatura, apenas vestida com telas translúcidas em tons pastel e
dotada de asas de libélula.
Como
podemos acompanhar, muito já se fantasiou a respeito das fadas, mas
pergunta-se: mas quem são e como são realmente as fadas?
As
fadas são uma raça de donzelas quase imortais, às quais os primitivos
nativos da Itália davam o nome de "Fatae". O culto medieval siciliano
das fadas, bem documentado pela Inquisição Espanhola, estava associado à
Deusa Diana, que os italianos há muito tempo já chamavam de "A Rainha
das Fadas". Diana era cultuada na Itália no Lago Nemi, onde outrora
existira seu templo (500 a. C.).
As
fadas italianas formavam grupos chamados de "Companhias" como a
"Companhia dos Nobres" e a "Companhia dos Pobres". Tanto os homens
quanto as fadas pertenciam a estas "Companhias", que eram essencialmente
matriarcais, embora se encontrassem nelas elementos masculinos. Essas
fadas, possuíam o poder de abençoar os campos, curar doenças e atrair a
boa sorte. Somente através de preciosos presentes, podia-se aplacar a
ira de uma fada e livrar-se de seus encantamentos. Tais oferendas só
seriam aceitas se depositadas através das mãos de mulheres humanas.
Porém,
o mais antigo registro das fadas, retratadas como pequenos seres
alados, surgiram na arte etrusca à cerca de 600 a. C., na forma de
"Lasa", espíritos do campo e das floresta. As Lasa eram descritas como
pequenos seres humanos alados que flutuavam sobre um recipiente com
incenso ou sobre uma bacia votiva. Estas primeiras fadas, estavam também
associadas ao culto dos ancestrais e eram encontradas nos templos
etruscos. Estavam ainda, identificadas com a vegetação e com todos os
segredos da Natureza.
A
palavra "fairy" (inglesa), conhecida hoje é bem recente e foi usada, as
vezes, para denominar mulheres mortais que haviam adquirido poderes
mágicos, tal como a usou Malory para Morgan le Fay. Mas "fairy"
originalmente significava "fai-erie", um estado de encantamento e se
transferiu do objeto ao agente. Se dizia que as próprias fadas
desaprovavam essa palavra e gostavam de ser chamadas com termos
eufemísticos como: "Os Bons Vizinhos" ou "Boa Gente". Ao longo das Ilhas
Britânicas se utilizam muitos nomes para as fadas.
A
palavra francesa "fai", procedia originalmente do italiano "fatae", as
damas feéricas que visitavam as famílias quando havia um nascimento e se
pronunciavam sobre o futuro da nova criatura, tal como faziam as
Parcas.
As
imagens das fadas só vieram a surgir na arte celta após a ascensão do
cristianismo, ou seja, depois da ocupação romana.
Hoje,
acredita-se que o povo de Tuatha de Danann está associado ao Reino das
Fadas. Isto se deve a sua misteriosa aparição às Ilhas Britânicas
envoltos em brumas. Lá encontraram o povo Fir Bolg, os quais derrotaram
na batalha de Moytura. Posteriormente, quando os celtas invadiram a
Grã-Bretanha (600-500 a.C.), os Tuatha De Danann desapareceram nos
montes e bosques. Esta é a origem da crença de que as fadas habitam as
áreas rurais. As lendas dos mitos celtas foram preservados em textos
como "Mabinogion", o "Livro Branco de Rhyderch" (1300-1325) e o "Livro
Vermelho de Hergest" (1375-1425).
Todas
as culturas européias, entretanto, possuem folclore envolvendo fadas.
E, apesar das crenças sobre as fadas diferirem de uma cultura para
outra, há dois conceitos básicos universais a todos: a distorção do
próprio tempo e as entradas ocultas ao mundo das fadas.
DISTORÇÃO DO TEMPO E ENTRADAS SECRETAS
A
crença na distorção do tempo é comum às fadas de todas as regiões. Uma
noite em seus domínios equivaleria a vários anos no tempo dos mortais.
Há relatos de histórias de pessoas que ao posicionar-se em um anel de
fadas, acreditam ter ali permanecido observando o Baile das Fadas por
breves minutos, mas em nosso mundo só reaparecem após muitos anos.
Entradas
secretas protegem o acesso aos domínios das fadas e geralmente estão
localizadas em montes ou tronco de árvores. Acredita-se que as fadas
possuem uma enorme repulsa ao ferro e este metal deve ser usado como
proteção contra elas quando necessário. Alguns folcloristas crêem que
esta lenda deu origem a utilização do ferro para arar a terra e derrubar
árvores, representando o poder do homem em violentar a Natureza. Diz,
esta lenda ainda, que deve-se sempre deixar um pedaço de ferro na porta
de entrada do domínio das fadas, para evitar que ela feche. As fadas não
tocariam no ferro, e assim não poderiam impedir que a pessoa
regressasse quando quisesse.
Há,
entretanto, métodos de resgate de cativos de fadas. Se alguém que você
conhece desapareceu em um anel de fada, você deve retornar a este lugar
um ano e um dia mais tarde. Coloque somente um pé dentro do anel e
poderá ver as fadas bailarinas e a pessoa que pretende resgatar. Com
ambos os braços, agarre-a fortemente e puxe com força para fora do anel.
Todo
aquele que deseja imensamente encontrar-se com as fadas, é necessário
primeiro, aprender o máximo possível sobre elas, pois todo o cuidado é
pouco quando se pisa em território totalmente desconhecido.
Alerta-se
para nunca se colocar ambos os pés em um anel de fadas, pois poderá
ficar perdida no Mundo das Fadas. Um anel de fadas é um círculo redondo
de cogumelos que pode ser encontrado em campos abertos e até em jardins e
é o lugar onde as fadas dançam. Quem pisar dentro dele será capaz de
ver o "Baile das Fadas", antes invisível e poderá também ouvir a doce e
bela música, onde antes só havia silêncio. A música e a dança são tão
contagiantes que os que a presenciam podem perder totalmente a noção do
tempo.
Nunca
coma da comida das fadas, não importa o quanto gentilmente lhe forem
oferecidas. Quem a comer, pode ficar indefinidamente cativo em seu
Mundo.
AS FADAS ESCURAS
As
fadas são chamadas de "Escuras" por viverem no subterrâneo, mais
freqüentemente debaixo colinas e não por serem más. Elas também podem
habitar lugares escuros das nossas casas como vãos de escadas e porões.
No
lugar de temer estas fadas, devemos ser espertos e procurar sermos seus
amigos. As que vivem dentro de nossas casas irão nos proteger e
abençoar. As que moram fora, no pátio por exemplo (e elas estão em toda a
parte!), cuidarão de nossa propriedade e ajudarão fazendo com que
nossas plantas e árvores cresçam fortes, permitindo ainda, que
encontremos alguma pedra ou tesouro que nos auxilie nos trabalhos de
magia.
O
Povo Pequeno serve de barômetro para aferir o estado de vibrações de sua
casa. Se estiver atraindo ou enviando energias negativas, eles ficam
quietos e se afastam. Eles também, atraem a sua atenção para o problema
se você não o notar imediatamente.
FADAS DO AR
As
fadas do ar possuem uma energia sutil e fluídica. Em termos místicos,
estes seres alados são tão rápidos quanto o pensamento e trazem mensagem
dos Deuses. De acordo com a Alquimia, as fadas apresentam a mesma forma
volátil do mercúrio, ou uma forma terrena de energia lunar: nem sólida,
nem totalmente fluídica. O mercúrio é considerado a representação
terrena do verdadeiro estado mágico feérico.
As
fadas do ar são as mensageiras da alma, representando a liberdade
espiritual. São ainda, criaturas de aspirações e transcendência, voando
entre o céu e a terra, entre o corpo e o espírito liberto. Todas as
tormentas e ventos estão associados com os Seres do Ar, desde a mais
suave brisa, generalizada como um suspiro de na Ilha de Man (Irlanda),
até os grandes e destrutivos poderes das Monções Árabes, causadas pelo
furioso Jinn. Em diferentes relatos folclóricos, desde os desertos
árabes até a América do Norte e as Ilhas Britânicas, há referências que
os tornados seriam produto de uma horda de espíritos feéricos
enfurecidos.
Na
Lituânia, uma fada chamada Vejopatis é a mestra fazedora dos gelados
ventos carregados de água e neve. Na Finlândia, o antigo Ukko é o
responsável pelos fenômenos climáticos, comandando os ventos e a chuva,
as nevoas, as tempestades, os raios e os relâmpagos, tudo com um só
movimento de suas gélidas mãos. Aqui na América, os espíritos dos ventos
e os pontos cardeais são invocados em inúmeras práticas xamânicas.
Ga-Ho, um benevolente manipulador de ventos, propicia e tranqüiliza as
correntes de ar para facilitar a vida dos homens das Montanhas. Vive no
Norte e dali dirige os quatro ventos primordiais, o clima e as estações.
Na
mitologia grega encontramos a hárpia, como a primeiras criatura alada
descrita como desapiedada, cruel e violenta. Seu aspecto é horrendo e
raptava pessoas e as torturavas a caminho do Tártaro. As vezes era
representada sobre as tumbas, apoderando-se do espírito do morto. As
hárpias personificavam os ventos violentos e as tempestades capazes de
arrastar os homens para as mansões subterrâneas.
TIPOS DE FADAS DO AR
Fylgiar
Estas
fadas aéreas,
só podem ser vistas pela pessoa a qual protegem. São
pertencentes a ampla mitologia nórdica e ensinam o caminho de Valhalla, o
Salão dos Mortos escolhidos, onde permanecem junto de seu protegido,
até que esse se sinta confortável com sua nova condição. Tais fadas são
oriundas da Islândia, uma ilha situada no atlântico norte, entre a
Noruega e a Groelândia, onde segundo dizem, cada vez que uma criança
islandesa nasce e escuta-se um grasnido, ela será especial e terá
durante toda a sua vida a companhia de uma fada, uma presença conhecida
pelo nome de Fylgiar.
Silfos
Os
silfos são provenientes da mitologia grega. Os silfos são espíritos que
vivem tanto no ar como na água. Na raça dos silfos encontramos os
Wallotes, pertencentes ao sexo masculino e as Arienes, pertencentes ao
sexo feminino. Embora apresentem sexos diferenciados, não se reproduzem,
pois são compostos em sua totalidade de ar e luz.
Os
silfos são responsáveis pela purificação do ar e por manterem a pressão
atmosférica. Esse trabalho é percebido nas mudanças alquímicas do tempo
e ciclos de fotossíntese e precipitação.
Esses seres são mestres, que expandem e contraem seus corpos de ar de níveis microcósmicos à macrocósmicos. Sempre mantendo a chama para o reino da mente, que corresponde ao plano ou corpo de ar.
Esses seres são mestres, que expandem e contraem seus corpos de ar de níveis microcósmicos à macrocósmicos. Sempre mantendo a chama para o reino da mente, que corresponde ao plano ou corpo de ar.
O
rei dos silfos é conhecido como Paralda.
Os
silfos nos ajudam a conservar e desenvolver corpo e mente e estimulam a
inspiração e a criatividade. Trabalham também para elevar nossos
pensamentos e inteligência, equilibrando o uso conjunto das faculdades
racionais e intuitivas.
ALIMENTO PARA AS FADAS
Todas
as fadas adoram gengibre, mel, leite, bolos, balas, biscoitos e sucos.
Para atraí-las coloque a guloseima sobre uma pedra de pirita, prata,
cristal, quartzo ou lunária. Apreciam também essências fortes como
canela e pinho. Mas você deve dar de comer a elas sempre realizando um
trato. Antes de conceder-lhes o alimento, diga:
"O
QUE É MEU É SEU,
O
QUE É SEU É MEU."
Peça
então para que elas tornem sua casa um lugar alegre e diga que sempre
serão bem-vindas.
As
fadas amam jardins bem cuidados e você pode transformar o seu em um
altar para elas. Plante nele muitas flores azuis, lírio-do-vale,
dedaleira, gesta e rosas. Crie também um pequeno lago escavando a terra e
colocando pedras em sua borda, para atrair as fadas da água. Mas há
também fadas que gostam de lugares selvagens, portanto deixe uma pequena
parcela da área sem cultivo. Suas oferendas serão muito bem aceitas
quando colocadas em uma cesta e depositadas neste jardim.
Se
chamá-las para participar de um ritual, mantenha-o leve e alegre. Elas
gostam de muita música e dança.
BANHO DE PÉTALAS DE ROSAS
A
essência de rosas é um forte atrativo de fadas, um banho com rosas lhe
irá facilitar o contato com elas. Para a preparação do banho coloque 21
pétalas de rosa cor-de-rosa em uma chaleira de cobre contendo água e uma
tampa. Depois deve aguardar o espaçamento de uma Lua Cheia à outra Lua
Cheia, só então poderá usar o seu conteúdo para banhar o corpo e os
cabelos. Tome este banho antes de cada ritual mágico dedicado às Fadas.
ENTRANDO EM CONTATO COM AS FADAS
Está
na Natureza a essência de todas as crenças e religiões. O primeiro
passo para vivenciarmos o "Divino" está em observarmos a Natureza e nos
unirmos à beleza de sua Criação. A simples caminhada em parques que
possuam muito verde, já nos dará sábios ensinamentos. Se tiver
oportunidade, sente-se no topo de uma colina e contemple os campos e
bosques. Deixe então sua mente voar livre para um outro tempo,
imaginando como deveria ter sido este local há milhões de anos atrás.
Tais pensamentos farão despertar sua memória ancestral genética que lhe
foi transmitida e que agora está disponível e reverente. Lembre-se que
você é descendente direto de um antigo pagão que já sabia o que deseja
saber agora.
Se
você possui um lindo jardim, considere-se uma pessoa com muita sorte,
pois poderá realizar esta viagem astral no meio dele. Caso você more em
apartamento, um planta qualquer que dê flores, poderá lhe ajudar a se
conectar com os ciclos da vida da Natureza. O pequeno ato de cuidar de
uma plantinha ou de seu jardim já é capaz de gerar uma vibração em sua
aura que pode ser detectada pelas formas de vidas silvestres. Através
desta vibração, sua presença é percebida e as fadas por certo não
ficarão indiferentes, pois elas são entidades mágicas envolvidas com a
força vital das plantas e dos animais. Ao criar um elo mental com esse
conceito através da emersão nos ciclos vitais da Natureza (e de suas
caminhadas pelos parques), fica mais fácil alinhar-se com os espíritos
da Natureza.
Acreditar nas fadas e nos espíritos da Natureza é parte integrante da consciência mágica de todo o pagão. Isso fortalece as forças que mantêm e direcionam a sincronicidade em nossas vidas.
Não
somos viajantes sós, pois sempre temos ao nosso lado um guia
espiritual, ou espíritos de familiares e um grande número de espíritos
da Natureza. Através deles nos ligamos à própria fonte dos mistérios,
nos ligamos a outros Mundos e outros Seres. Nos ligamos à Fonte
Primordial, que é aquela que nos gerou e para a qual um dia
retornaremos....
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